Fundamentos Básicos da Astrologia da Alma: os Nódulos Lunares



SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber sobre Astrologia
Em 22 Capítulos/Volumes
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CAPÍTULOS 09, 10 E 11
Interações entre
Terra/Homem e Lua e Sol

Este Texto é extraído do Capítulo 10. 
Você pode copiar ou encaminhar, desde que sempre na íntegra
bem como apresentando sua autoria e seus créditos. 
Obrigada, Janine


FUNDAMENTOS BÁSICOS DA ASTROLOGIA DA ALMA:
OS NÓDULOS LUNARES
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Janine Milward

Dois Dedos de Prosa
Sobre
Os Fundamentos da Astrologia da Alma
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Aquilo que realmente dá fundamentação à chamada Astrologia da Alma é a percepção e a compreensão e a assunção enquanto verdade de os ciclos da vida interagem todo o tempo e todo o espaço: não existem começo nem meio nem fim, existem, sim, fusões das questões de passado, presente e futuro.  Existe a percepção da efemeridade do momento e do espaço juntamente com a infinitude de todos os momentos e do tempo.  Existe a compreensão de que, aquilo que somos hoje, já fomos ontem e seremos amanhã (traduzidos em constância do Espírito e em duração da Alma).  Existe a compreensão de que o passado existe sim, mas é passado; que o presente existe sim, mas é somente presente e que, num instante após, já é passado; que o futuro existe sim, mas que se tornará presente e que, num instante após, já será passado. Existe a percepção do Eterno Retorno traduzido em Sementes e em Ciclos.

Esse é o Dragão dos Céus, que engole o futuro em sua Cabeça e o expele em sua Cauda;

Esse é o Trem da Vida que engole o futuro em sua Locomotiva e o aloja (por um tempo) - ou o expele - em seus Vagões;

Esse o Ciclo dos Nódulos Lunares, onde o Nódulo Norte engole o futuro e onde o Nódulo Sul expele o passado!

Acima de tudo, todas essas percepções têm que ser realmente vivenciadas, ao longo de nossa vida.  E mais: essas percepções são reais fundamentações de nossa vida e nossa visão também do nosso Risco do Bordado!  Em momento algum, devemos nos colocar diante de nosso mapa astral natal (ou diante dos demais mapas coadjuvantes), vendo-o apenas como uma expressão estática, em movimentação alguma, do nosso momento de nascimento.  Não e não!  A meu ver, é impossível realizarmos uma leitura e interpretação de qualquer mapa astral se não levarmos em conta as questões voltadas para o Eu Sou fundamental da vida - o Ciclo de Brahma, do sutil ao denso e seu retorno ao sutil, a inter-relação entre o mundo da não-manifestação e o mundo da manifestação: Eu Fiz, Eu Faço, Eu Farei; de onde venho, onde estou agora e para onde estou indo. 

O Eu Sou é sempre uma constância - porque é fusionado ao Tao da Criação.  O Eu Fiz já faz parte da duração da interação entre tempo e espaço, já voltado para o tempo e o espaço que ocupam o lugar do chamado passado; o Eu Faço faz parte da duração da interação entre tempo e espaço voltado para o tempo e o espaço que ocupam o lugar do chamado presente; e o Eu Farei faz parte da duração da interação entre tempo e espaço voltado para o tempo e o espaço que ocupam o lugar do chamado futuro. 

O Eu Sou é constante; o Eu Fiz é a semente que ocupa o lugar da Cauda do Dragão, dos Vagões do Trem da Vida, do Nódulo Sul, e deverá trazer sua essência para o Eu Faço.  O Eu Faço é a semente que ocupa o lugar de atuação de fusão entre a Cauda e a Cabeça do Dragão, dos Vagões com a Locomotiva do Trem da Vida, do Nódulo Sul e o Nódulo Norte.  O Eu Farei é a semente do vir-a-ser, que ocupa o lugar da Cabeça do Dragão, da Locomotiva do Trem da Vida, do Nódulo Norte, e será a colheita de tudo aquilo que veio sendo realizado através o Eu Fiz e o Eu Faço.

Dentro do processo de consultoria astrológica, se olharmos um mapa astral sem levarmos as questões acima mencionadas em total consideração..., não estaremos praticando a Astrologia da Alma.  Se nos mantivermos sempre fundamentados na movimentação, na Repetição, no Eterno Retorno traduzido em Sementes e em Ciclos... Ah! Aí sim, aí estaremos praticando a Astrologia da Alma!

Se olharmos o mapa astral natal apenas como uma Estação onde nosso Trem da Vida está parado... e se virmos essa Estação apenas como algo estacionário, estático e se virmos o Trem da Vida apenas como uma imensa engrenagem inteiramente estacionada, parada, estática, sem qualquer conotação de movimentação seja de ida ou seja de vinda..., aí então não estaremos atuando dentro da Astrologia da Alma.  Poderemos sim, estarmos atuando dentro das questões astrológicas e poderemos até passar horas e horas comentando sobre esse Risco do Bordado ao nosso cliente - e poderemos até intentar em comentários sobre possíveis encarnações passadas e atos que levariam o cliente/Caminhante a tecer encarnações futuras, etc....  mesmo assim, tudo estaria fazendo parte apenas de uma Estação onde o Trem da Vida estaria estacionado, sem denotar movimentação alguma.

 A mim veio esse título de Trem da Vida fazendo sua passagem pela Estação Terra, lugar de Trabalho e de Iluminação, exatamente para dar sentido de inteira, total e ampla movimentação de todas essas estruturas, ou seja, sempre o Trem da Vida estará completando ciclos de viagens de idas e vindas; sempre a própria Estação Terra, lugar de Trabalho e de Iluminação, estará tendendo a também completar seus ciclos de viagens de idas e vindas - seja com relação à Lua e com relação de ambos juntamente em órbita em torno ao Sol (as questões pertinentes aos Nódulos Lunares em si), ou seja em função da própria ascensão (ou des-censão), da evolução (ou involução) do Planeta Terra, enquanto organismo vivo que é e que faz parte do organismo vivo que é o Sistema Solar e que por sua vez, faz parte do organismo vivo que é a Via Láctea, nossa Galáxia, que por sua vez, faz parte do organismo vivo que é nosso Universo..., que por sua vez, faz parte do organismo vivo que é o Pluriverso..., que por sua vez, faz parte da Criação sob o Tao, dentro do mundo da manifestação.

Tenho que confessar que vim trabalhando a astrologia sem exatamente me calcar na compreensão mais aprofundada sobre os Nódulos Lunares, por muitos e muitos anos - e certamente muitíssimo praticando a astrologia mais voltada para as questões psicológicas e psíquicas dos clientes/Caminhantes... e me sentia exaurida, vazia, inócua, sem raízes, sem uma boa estruturação que me concretizasse efetivamente dentro da ciência subjetiva das estrelas!  Você sabe, caro Amigo das Estrelas, meus estudos na astrologia foram sempre inteiramente auto-didatas.  Porém, houve uma vez, quando eu já era consultora astrológica e professora de astrologia, atuando profissionalmente nessas áreas, em que eu conheci um astrólogo que já tinha seus passos enveredados através a Astrologia da Alma.  Fiz algumas leituras do meu mapa astral natal e alguns tantos mapas coadjuvantes com esse astrólogo e também fiz alguns workshops de fins-de-semana com ele, orientados para profissionais e estudantes avançados.  Devo confessar que tudo isso abriu imensamente minha mente!  Eu passei a considerar a astrologia não como uma ciência subjetiva e estática... bem ao contrário, eu passei a considerar a astrologia como uma ciência intensamente movimentadora de energias fusionadas em relação ao passado distante, ao presente sempre presente, e ao futuro também distante!  Tudo começou a fazer sentido, dentro dessa infinitude de iluminação e de movimentação plenas!  Eu passei a adotar cada vez mais a compreensão da astrologia através os desígnios da Alma fusionada ao Espírito e adentrando a espiritualidade e com ela realizando uma perfeita fusão holista e ainda acrescentei à Astrologia da Alma a designação “e do Auto-Conhecimento”... pois não poderia deixar de lado minha formação estrutural dentro da psicanálise!  Portanto, a meu ver, dessa forma, a Astrologia amplia sua visão e sua atuação em termos pessoais, sociais, transpessoais, planetários e universais!
Nesse trabalho, estaremos nos estruturando na Trilogia da Vida, ou seja, Terra/Homem e Lua e Sol: a relação primordial entre Terra/Homem e a Lua, formando aquilo que denominamos de Nódulos Lunares, pontos de cruzamento entre a eclíptica (que é o aparente andamento da Terra em seu movimento de translação ao Sol) e a órbita da Lua (em torno da Terra).  E porque essa Trilogia atua juntamente com as órbitas de nossos irmãos-Planetas e Planetóides e primos Asteróides em relação aos seus andamentos próprios contra o pano de fundo das constelações do Zodíaco..., estaremos também incluindo toda essa informação!   Certamente, estaremos apresentando as questões do caminho espiritual na Criação, as questões voltadas para o Trem da Vida, as questões explicativas astronomicamente acerca dos Nódulos Lunares, as questões de determinados Aspectos de Planetas mais lentos conjuntos, opostos ou quadrando o Trem da Vida... Enfim, teremos um sem-número de assuntos a serem conversados, nesse trabalho.
Veremos que esse nosso estudo inicial, irá nos demonstrar cabalmente acerca não somente o Ciclo dos Nódulos Lunares como também as questões voltadas para o Ciclo da Lua, em sua inter-relação com a Terra/Homem e o Sol, formando suas chamadas Fases: lua nova, lua crescente, lua cheia, lua minguante.  E certamente também teremos a oportunidade de bem melhor compreendermos acerca de como e onde e porquê os Eclipses solares e lunares acontecem na astronomia e como devem ser  vivenciados dentro da Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento!  Ah, não podemos nos  esquecer que também deveremos comentar acerca dos Ciclos de Lunação no momento do nascimento, que determinam posicionamentos marcantes do Ego e sua atuação em relação ao Risco do Bordado tecido pela Alma fusionada ao Tao da Criação ... (minha Lua é chamada de Disseminadora....).  Finalmente, comentaremos sobre aquilo que eu denomino de Ninhadas da Alma, ou seja, as luas coadjuvantes ao nosso nascimento - com seus símbolos e suas estrelas protetoras e os mapas formados -, em momentos circundantes ao do nosso nascimento e que nos apresentam questões importantes e subjetivas a serem vivenciadas objetivamente ao longo de nossa encarnação!

Ainda em Aula vindoura, estaremos comentando sobre o mapa progredido e certamente ainda teremos mais e mais temas acerca a Lua a serem comentados: dentro do mapa progredido a Lua atua como praticamente a atriz única e principal no sentido da rapidez de sua movimentação ao longo do mapa progredido, realizando seu Retorno em 27 anos de andamento.

Como todos esses assuntos são realmente bem importantes e longos de serem discursados, dentro da Aula presente estaremos estudando somente ainda acerca os Nódulos Lunares - em seus conceitos astronômicos e astrológicos - e seus Aspectos e seus Trânsitos e seus Ciclos dentro de seus entremeamentos aos demais Ciclos por nós já estudados: de Júpiter, de Saturno, de Quíron, de Urano, de Netuno e de Plutão.  As informações restantes acontecerão nas próximas aulas, aguarde!

A Criação
 O Universo e sua Forjaria de Estrelas e de Vida
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Janine Milward

A Criação existe a partir de Deus, a Mente da Criação, que advém da Mente Cósmica – um Deus ainda mais poderoso e que faz parte do Umbral entre o Mundo da Manifestação e o Mundo da Não-Manifestação – tudo isso advindo da real única existência: a Suprema Consciência, Deus da Suprema Consciência, algo que está muito além da compreensão simples ou mesmo de qualquer linguagem de manifestação.

O Desejo da Criação – como uma projeção do pensamento da Mente Cósmica advinda da Suprema Consciência – é manifestado como uma semente, Biija, através de Prakrti – o Princípio Operativo, a Energia Cósmica formada através do Mundo da Não-Manifestação e objetivada através do Mundo da Manifestação. Esse Princípio Operativo realiza-se dentro de sua movimentação primordial, criando as Três Gunas, ou as três fases do Ciclo da Criação.  Aqui tem início o Brahmacakra – o ciclo de Brahma, o movimento da Criação, do sutil ao denso, da Consciência à matéria, e , o retorno do denso para o sutil, da matéria à consciência.

E tudo isso é inteiramente realizado através de Maya, aquela que traduz o Mundo da Não-Manifestação em Mundo da Manifestação - missão quase impossível!  Maya traz consigo a realização da Luz e da Não-Luz - de forma que a Vida possa vir a ser manifestada em sua chamada “força vital” ou Pranah ou Chi - o fole universal.  A realização da Luz pode também ser denominada de Sublime Yang; e a realização da Não-Luz, de Sublime Yin.

Dentro do universo que denominamos de Vida, aparentemente tudo teria começado – e esse começo seria a sintetização de um final  anterior... - a partir de energias Yang e Yin concentradas dentro de um pequeno ôvo, digamos assim.  Shakespeare denominou Universo dentro de uma casca de noz.  De tal forma essa energia se concentrou... que explodiu naquilo que chamamos de Big Bang... e todo nosso universo se formou a partir de então e foi se ampliando e de desenvolvendo, concentrando essa energia espraiada em estrelas compactas e imensas que explodiram ainda bastante jovens, deixando seus restos continuarem sua viagem e sua expansão desse mesmo universo em tempo e espaço, formando novas estrelas e novas vidas.  E certamente, sempre formando novos universos: o Pluriverso ou Multiverso.

Nosso Sol faz parte dessa sucessão de vidas estelares, já em seu terceiro ou quarto tempo, ou seja, faz parte dessa re-encarnação de estrelas – e nós também!  Toda a Criação assim como a conhecemos é Poeira de Estrelas. 

Sendo poeira de estrelas, temos em nosso corpo e conseqüentemente em nossa mente, guardados toda a herança deixada pelas estrelas nossas antecedentes, como uma árvore genealógica da galáxia, do universo em que vivemos. Assim, existe dentro de nós e em nós o passado, o presente e o futuro, tudo dentro de nossa vida, numa mesma simultaneidade do universo.

Em nosso Espírito e em nossa Alma – energias primordiais de manifestação da mente em Luz e Não-Luz, Yang e Yin -, trazemos nossa parte desse Deus da Criação, Deus da Mente Cósmica, Deus da Suprema Consciência – a Sagrada Trilogia, sendo sempre apenas um único Deus, sem dúvida alguma manifestado através de si enquanto Pai, Filho e Espírito que encarna e que traz a Criação e que faz a Criação poder acontecer.  Nós nos encaixamos dentro do Filho.  E por isso mesmo, vamos encarnando ao longo das re-encarnações das estrelas do universo, em Espírito e Alma, sempre, até que retornemos à Casa do Pai.

Ao longo da vida do universo em que vivemos – ou mesmo, quem sabe, de outros universos existentes na Criação como um todo -, nosso Espírito e nossa Alma – energias de manifestação da mente em Luz e Não-Luz, Yang e Yin -, vão amealhando sua expansão de mente, vida após vida, em vivências sucessivas – as chamadas re-encarnações.

Nosso Espírito, então, é parte desse todo de universos, desse Todo do nosso universo – nosso Espírito é tão antigo quanto nosso universo porque certamente nasceu junto com ele, semente que éramos nós e o resto do universo. E hoje, depois de cerca de quatorze bilhões de anos de vida de nosso universo – somos ainda tão jovens, ainda entrando na adolescência do universo.... – somos as mesmas sementes oriundas da explosão inicial da semente primordial que deu luz ao nosso universo.

Assim, nosso Espírito vem vindo de estrela em estrela, acoplando sua luz e não-luz à matéria – luz é matéria – e fusionando nesse Espírito uma mente que vai se ampliando e acumulando a memória do próprio universo – a Alma. Nosso Espírito é a Luz que dá Vida à matéria, mente, à encarnação, ao nosso corpo físico. A Alma é aquela que modela essa vida e a torna vivente.

Nosso Espírito é anterior ainda a esse nosso universo e a todos os possíveis universos.... porque é parte unitária da Unidade Absoluta do Tao da Criação. Nossa Alma é anterior ainda a esse nosso universo e a todos os possíveis universos... porque é a parte coletiva fusionada à Unidade Absoluta do Tao da Criação.

Nosso Espírito possui – anteriormente e posteriormente – a eternidade do tempo e espaço do universo em que vivemos mas nosso corpo físico possui a duração do tempo e do espaço do planeta aonde encarnamos, onde a matéria acolhe nosso Espírito que traduz a Vida essencial do Tao – e nossa Alma que traduz o Sopro Primordial da Criação, o Pranah, Chi, o fole universal, a força vital.... mesmo que o corpo físico seja produto da metamorfose estelar desde o início deste universo.... que por sua vez já é a metamorfose de um universo anterior... numa Eterna Mutação.

A Alma vai trazendo consigo o fusionamento entre o Espírito e a matéria, a cada tempo e espaço em que ambos se apresentam na Criação, seja na Luz ou seja na Não-Luz.  Dessa forma, a Alma é a própria memória que a mente carrega consigo desde antes desse universo em seu tempo de Não-Luz, durante a vida desse universo em seu tempo de Luz, e certamente depois desse universo, novamente em seu tempo de Não-Luz.

No entanto, diferente do Espírito que possui a infinitização do tempo, a Alma é certamente também infinita porém apresenta-se em sua finitude de espaço.  Ou seja, a cada materialização de Luz ou Não-Luz, a Alma assume o tempo e o espaço dessa materialização.  Dessa forma, podemos dizer que a Alma é a própria biblioteca do universo, realizando a mente em seu Ciclo de Brahma, do sutil ao denso, do denso ao sutil – ao longo de sua incontável e infinita possibilidade de manifestação dentro do Eterno Retorno do movimento do Caminho.



Caminho e Semente
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Caminho é a palavra através da qual minimamente e maximamente podemos expressar o Tao – como assim nos ensina Lao Tsé:

Eu não conheço o seu nome
Chamo-o de Caminho

Um caminho pode ser curto; outro pode ser longo. Não importa.  Importa é sabermos que sempre ao terminarmos um caminho, seja ele breve ou seja ele uma longa jornada..., outro caminho se abre à nossa frente! Para frente e para trás, segue o Caminho

Os caminhos não terminam nunca, essa é que é a verdade. Quando um caminho parece terminar, é seguido por outro e mais outro, infinitamente. E existem caminhos e caminhos, para todos os gostos, para todos os caminhantes, para todo o caminhar.

O caminho, porém, só tem sentido se for caminhado; se nele existir um caminhante vindo de algum lugar, indo para algum lugar.

O sentido do caminho se deve, então, ao tempo e ao espaço que permitem sua existência e fundamentalmente, esse sentido se deve ao caminhante do tempo e do espaço que nesse caminho caminha...

Caminhantes somos todos, toda a natureza:  a Criação. Tudo na Criação, tudo, tudo, caminha seu caminho - caminhante que é a Criação.

Uma longa jornada se inicia debaixo dos pés

Assim, você e eu caminhamos, a Terra caminha, nosso Sol e todas as outras estrelas caminham...  Nossa Galáxia caminha juntamente com suas irmãs, primas, parentes distantes, mais velhos ou mais jovens...  Nosso  Universo caminha criando o tempo e o espaço ao longo do seu caminhar, dando berço certamente a outros universos e os encaminhando em seus caminhos, gestando-os e os deixando soltos em seus próprios caminhos e em seus próprios modos de caminhar...

De repente..., parece que o caminho termina: do universo que começou com uma explosão de luz e caminhou em tempo e espaço ao longo de mesmo tempo e espaço criados, criando mais tempo e espaço, sempre com luz e não-luz, luz e não-luz, luz e não-luz, nascendo, crescendo, vivenciando a re-criação de luz e não-luz, morrendo enrodilhado em si mesmo ou em explosão dantesca, continuando seu caminhar através do tempo e do espaço, criando mais luz e mais não-luz.... até que finalmente, termina, sem mais luz nem mais não-luz, apenas um grande vazio...

Termina?

Por que haveria de terminar ou porque haveria de nascer? .... Se este universo, nosso universo, mudou somente sua  forma de ser?

O caminho é, então, compreendido como uma eterna mutação – porém sempre existindo, seja em seu vazio, seja em sua luz e em sua não-luz.

Quando o caminho se encontra em seu momento de luz e de não-luz, podemos compreender que o Tao, o Caminho, desdobrou-se em Criação.

Quando o caminho se encontra em seu momento de vazio, podemos compreender que o Tao, o Caminho, apenas reflete minimamente e maximamente sobre si mesmo..., em sua própria natureza.

Porque pode o homem não somente trilhar esse caminho – assim como o faz toda a Criação – porém pode, também e fundamentalmente, pensar sobre o caminho, manifestar seu desejo de trilhar o caminho, colocar sua vontade de caminhar em ação sendo realizada, e finalmente, sentir o sentimento de cumprimento de seu  destino de ter caminhado seu caminho..., o homem – aquele que usa e trabalha a expansão de sua mente -  torna-se o próprio Caminho.

Por isso, Lao Tsé, o Mestre do Tao, o Caminho, nos orienta:

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao (o Caminho)
O Tao (o Caminho) se orienta por sua própria natureza

Srii Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra, nos consola:

A força que guia as estrelas, guia você também
           
Toda a Criação realiza seu caminho conjuntamente. E por que é assim?  Por que toda a Criação é sempre Criação, mudando apenas sua forma de ser, ao longo do tempo e do espaço que a própria Criação vai criando.

É como se fosse – e é – uma semente, que em um tempo e espaço contém somente a si mesma, apenas plenamente interiorizada, sem manifestar qualquer exteriorização.  E em outro tempo e espaço, explode em vida, exteriorizando-se plenamente – embora sempre contida dentro da semente original...

Sendo assim, você e eu, pertencemos à aquela semente do vazio do vir-a-ser da luz e da não-luz.  Pertencemos à grande explosão da luz e da não-luz que fazem criar o tempo e o espaço: somos a luz e a não-luz e ao longo do tempo e do espaço, somos a metamorfose, a mutação constante, dessa luz e dessa não-luz, desse tempo e desse espaço, contados e recontados em vida e morte, vida e morte, vida e morte.... restando apenas a eternidade da vida – ou da morte, como quisermos, porque tudo é, na verdade, a mesma coisa: simples estados, simples formas de ser momentâneas e espaciais.  Apenas isso.


Terra e Homem: Trabalho e Iluminação
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Dentro do processo de evolução da Alma e do Espírito - rumo ao seu fusionamento com o Tao da Criação -, nosso Sistema Solar atua como um lugar onde existe a vida em sua plenitude de materialização, assim como a conhecemos.

Estamos nós encarnados aqui, no Planeta Terra - lugar de plenitude de materialização, Estação de Trabalho e de Iluminação.  O Trabalho é algo que deve ser realizado a partir da capacidade de cada um de nós, e da fusão entre nosso Dharma, nosso índole essencial, e de nossos Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - que deverão ser resgatados em nossa vida. 

O Planeta Terra permite que toda a natureza - assim como nós a conhecemos - vá realizando seu processo de transmutação dentro do Eterno Retorno da Luz e da Não-Luz, do entrelaçamento entre o Sublime Yang e o Sublime Yin.  São necessárias bilhões e bilhões de reencarnações - de vivências sucessivas - para que possamos evoluir juntamente com o Planeta e nos tornarmos seres humanos: aqueles que estão a caminho de se tornarem co-criadores da Criação, ao se fusionarem ao Tao da Criação, através os Caminhos do Trabalho, da Iluminação e da Liberação.

A plenitude da materialização no Planeta Terra nos possibilita realizarmos todas essas nossas intenções de evolução pois Luz é Matéria: é somente dentro de um Planeta que acolha a encarnação assim como a conhecemos é que existe a possibilidade de podermos realizar nosso Trabalho e fundamentalmente e em igual tempo, nossos Caminhos da Iluminação e, posteriormente, da Liberação.

Sendo assim, tudo aquilo que faz parte de nosso Sistema Solar possui sua Alma própria que contém em si mesmo, em seu bojo, seu Espírito - que, por sua vez, é parte constante da grande multiplicidade que advém da Unicidade Absoluta do Tao da Criação.

Para que a natureza possa realizar sua evolução dentro do Planeta Terra, vemos que existe uma longa caminhada.  Aliás, Lao Tse, o Mestre do Tao, nos diz sempre que uma longa jornada começa com o primeiro passo.

Para a natureza em si, dentro do mundo mineral e dentro do mundo vegetal, a evolução é bem lenta, ainda extremamente atada à Alma e ao Espírito do Planeta Terra, nossa Mãe-Gaia.

Para a natureza em si, já desenvolvida através o mundo animal, a evolução também é bem lenta porém já apresentando uma fusão entre as energias do Planeta Terra, nossa Mãe-Gaia, aliadas às energias de ação primordial em busca da saciação dos desejos e das necessidades também primordiais - já cabendo um desenvolvimento de mente, sem dúvida alguma.  Sendo assim, existe o auxílio dos irmãos-Planetas denominados de Pessoais, ou seja, correspondem às necessidades básicas de vida já em maior tom de evolução: Marte, Vênus e Mercúrio (e certamente, Vulcano).

Para a natureza em si, já plenamente desenvolvida através o mundo humano, a evolução, mesmo que ainda lenta, já nos parece menos vagarosa - porque a mente já alcançou um bom nível de seu desenvolvimento!  Então, a fusão do Planeta Terra com os Planetas Pessoais é óbvia e absolutamente necessária mas não se coloca como completa, ou seja, a fusão do Planeta Terra com os Planetas Sociais (Júpiter e Saturno) se faz extremamente importante!

Os Planetas chamados sociais já apresentam a realidade de o homem não mais se sentir tão sozinho em sua vida no Planeta.  Não, agora o homem tem a consciência de que tudo o que lhe acontece pessoalmente também acontece ao seu Outro... e aos vários Outros com quem vai deparando ao longo de suas vivências sucessivas.

A partir do desenvolvimento da mente pessoal e da mente social do homem, torna-se necessária a presença de uma Ponte entre esse homem encarnado na Terra e seu desejo de religamento - o religare - de si mesmo com o Céu!  Entra em cena Quíron, o centauro, o curador ferido e mestre dos mestres.

Ao trazer em si mesmo a fusão entre seu lado homem e seu lado divino, Quíron é a Ponte que une os Luminares e os Planetas Pessoais e os Planetas Sociais aos chamados Planetas Transpessoais ou Universais: Urano, Netuno e Plutão.  A partir de sua fusão com os Planetas Transpessoais, o homem se abre para sua extrapolação do seu Sistema Solar, abraçando o universo!

Concluindo: será ainda dentro do nosso Sistema Solar e dentro do Planeta Terra que o homem ainda estará encontrando os fundamentos para a expansão dos degraus de sua mente e de sua vida!

E os pressupostos para a fundamentação primordial do homem em relação à expansão de sua mente e de sua vida são:

-          A compreensão de que é o de que tudo sob o Tao da Criação encontra-se em Eterna Mutação e realiza-se de forma cíclica e que somente a Suprema Consciência é imutável.

-          A compreensão de que somente a Consciência Suprema é inteiramente interiorizada.  Tudo sob o Tao da Criação é interiorizado e exteriorizado.

-          A compreensão de que o Espaço/Alma/Sublime Yin é da ordem da duração, tem seu começo, seu meio e seu final que leva a cumprir um ciclo e a dar início a um novo ciclo.  E a compreensão de que o Tempo/Espírito/Sublime Yang é da ordem da constância, não tem começo, nem meio e nem final e se aparentemente cumpre seus ciclos é porque esses ciclos são realizados a partir do Espaço/Alma/Sublime Yin.

-          A compreensão de que tudo é efêmero e cíclico (dentro do Ciclo de Brahma em menor, média ou maior escala) sob o Tao da Criação e dentro do Mundo da Manifestação.  E a compreensão que, na verdade, existe apenas a eternidade da mente e da vida - todos advindos da Mente Cósmica que, por sua vez, é fusionada à Suprema Consciência, dentro do Mundo da Não-Manifestação.

-     Finalmente, a compreensão de que em nosso Espírito e em nossa Alma – energias primordiais de manifestação da mente em Luz e Não-Luz, Yang e Yin -, trazemos nossa parte desse Deus da Criação, Deus da Mente Cósmica, Deus da Suprema Consciência – a Sagrada Trilogia, sendo sempre apenas um único Deus, sem dúvida alguma manifestado através de si enquanto Pai, Filho e Espírito que encarna e que traz a Criação e que faz a Criação poder acontecer.  Nós nos encaixamos dentro do Filho.  E por isso mesmo, vamos encarnando ao longo das re-encarnações das estrelas do universo, em Espírito e Alma, sempre, até que retornemos à Casa do Pai.

Podemos, então, compreender que existe vida em toda a Criação.  E podemos também compreender melhor sobre essa vida a partir de nossa própria expansão de mente.  Dessa maneira, o homem possui esse imenso privilégio de expansionar sua mente e dessa forma, poder compreender melhor o universo que o rodeia e também a si mesmo.




Sol, Lua, Terra/Homem e Mandala Astrológica
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Sol: Espírito, o Sublime Yang, a Luz
Lua: Alma, o Sublime Yin, a Não-Luz
Terra e Homem: Trabalho e Iluminação plenamente materializados
Ascendente: a Mandala Astrológica, nosso Risco do Bordado, nosso mapa astral natal, vem nos apresentar o entrecruzamento entre tempo e espaço delineados, tecidos como melhor momento e como melhor lugar para que nossa Alma e nosso Espírito possam se expressar através nosso Ego encarnado: é formada nossa Personalidade, nossa Persona, nossa Máscara e nosso corpo físico, nosso envoltório, digamos assim, no Planeta Terra.


A Criação acontece a partir da Suprema Consciência, Paramapurusa, Tao, inteiramente interiorizado e somente pode vir a ser expresso através de o Tao da Criação.  A Suprema Consciência está para ainda além do Mundo da Não-Manifestação e o Tao da Criação já se encontra no Portal entre os Mundos da Não-Manifestação e da Manifestação, e o elo de ligação realizado através a Mente.  A Mente da Criação,  por sua vez, faz nascer de si o ciclo de Brahma (Deus Supremo), ou seja, do sutil ao denso e seu retorno ao sutil, do mundo da não-manifestação ao mundo da manifestação e seu retorno ao mundo da não-manifestação.  O Ciclo de Brahma pode acontecer somente através da inter-ação entre a Não-Luz e a Luz (Sublime Yin e Sublime Yang) que são operadas através da mente construtora - aquilo que denominamos de Prakrti, o princípio operativo que realiza a possibilidade da Criação dentro do Mundo da Manifestação - e a mente projetora da possibilidade da Criação - aquilo que denominamos de Maya, a Criação projetada (assim como se fosse um filme sendo projetado em sala escura, contra a tela branca).

O Espírito é nossa parte da energia fusionada com o Tao da Criação.  Portanto, é eterno e pode ser expresso dentro do tempo e do espaço através a Alma.  A Alma é nossa parte da energia do Espírito e sua função é a de expressar a energia do Espírito, que é eterno, dentro do tempo e do espaço e por isso mesmo, possui duração, começo meio e fim... que é o Ourobouros que vai religando a vida e a não-vida - assim como a cobra morde a cauda, formando o Oito do processo de interação entre vida e morte, entre as encarnações propriamente ditas e os tempos in-between, entre uma encarnação e outra (no Planeta Terra ou em outros Planetas de plenitude de materialização e dentro do nível da escalada espiritual da Alma e do Espírito).

Essa longa escalada espiritual e encarnada da Alma e do Espírito tem como única premissa nosso fusionamento pleno ao Tao da Criação - assim nos dizem os grandes Mestres espirituais.  Para que esse fusionamento possa vir a acontecer em sua plenitude e em sua consciência, existe um longo processo de evolução da Alma e do Espírito dentro da matéria e através os reinos mineral, vegetal, animal e humano.  Segundo Srii Srii Anandamurti, a meta da vida humana é se fusionar a Paramapurusa, ao Tao.

Dentro do processo de evolução da Alma e do Espírito - rumo ao seu fusionamento com o Tao da Criação -, nosso Sistema Solar atua como um lugar onde existe a vida em sua plenitude de materialização, assim como a conhecemos.  Sendo assim, tudo aquilo que faz parte de nosso Sistema Solar possui sua Alma própria que contém em si mesmo, em seu bojo, seu Espírito - que, por sua vez, é parte constante da grande multiplicidade que advém da Unicidade Absoluta do Tao da Criação.

Estamos nós encarnados aqui, no Planeta Terra - lugar de plenitude de materialização, Estação de Trabalho e de Iluminação.  O Trabalho é algo que deve ser realizado a partir da capacidade de cada um de nós, e da fusão entre nosso Dharma, nosso índole essencial, e de nossos Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - que deverão ser resgatados em nossa vida.  

O Planeta Terra permite que toda a natureza - assim como nós a conhecemos - vá realizando seu processo de transmutação dentro do Eterno Retorno da Luz e da Não-Luz, do entrelaçamento entre o Sublime Yang e o Sublime Yin.  São necessárias bilhões e bilhões de reencarnações - de vivências sucessivas - para que possamos evoluir juntamente com o Planeta e nos tornarmos seres humanos: aqueles que estão a caminho de se tornarem co-criadores da Criação, ao se fusionarem ao Tao da Criação, através os Caminhos do Trabalho, da Iluminação e da Liberação.

A plenitude da materialização no Planeta Terra nos possibilita realizarmos todas essas nossas intenções de evolução pois Luz é Matéria: é somente dentro de um Planeta que acolha a encarnação assim como a conhecemos é que existe a possibilidade de podermos realizar nosso Trabalho e fundamentalmente e em igual tempo, nossos Caminhos da Iluminação e, posteriormente, da Liberação.

No momento em que o homem assume seu desenvolvimento de mente e alcança sua consciência, ele se torna Homem e se aglutina à própria Terra.

Portanto, podemos dizer que toda a natureza da Terra é igual à própria Terra em si.  Podemos dizer que toda a natureza pode ser sintetizada dentro da palavra Homem. Podemos, portanto, inferir que Terra = Homem.

Sendo assim, ao nos posicionarmos por sobre o Planeta Terra, estamos ao mesmo tempo, nos posicionando entre o Bailado do Sublime Yang e do Sublime Yin, do Sol e da Lua - ambos em relação a nós, como um todo, toda a natureza que povoa o Planeta Terra e o próprio planeta em si.

E por isso mesmo, o homem estará fazendo parte constante do Bailado do Sol e da Lua nos céus.  E certamente, estará fazendo parte constante do Bailado da Lua e da Terra.  E o Bailado realizado entre a Lua e a Terra - acolhendo o homem, sempre - estará também realizando o integração do Homem com a Terra e da Terra/Homem com a Lua e com o Sol).Bailado Lua/Terra e Sol, ao longo dos nossos movimentos de rotação e de translação e de precessão de equinócios, sem dúvida alguma!

Nossa Mandala Astrológica, nosso Risco do Bordado, nosso mapa astral natal, vem expressar não somente essa Trilogia Terra/Homem, Lua e Sol como também o inter-relacionamento dessa Trilogia fundamental com nossa família instaurada em nosso Sistema Solar, apresentando nossos irmãos-Planetas demais familiares nossos (Asteróides e Planetóides) e os Pontos.

Sabemos que dentro do Mundo da Manifestação existe a inter-relação entre o Sublime Yang e o Sublime Yin - a Luz e a Não-Luz - sendo realizada através o Tempo e o Espaço.  Essa inter-relação tanto acontece de forma macro quanto acontece de forma micro, ou seja, é expressada através a formatação original de nosso Risco do Bordado, ou seja, nossa encarnação no Planeta Terra sendo realizada em um determinado momento cósmico, reunindo Espaço (Planeta Terra) e Tempo dentro do Mundo da Manifestação.

Esse tempo acontece, então, através nosso momento de primeira inspiração e de primeira expiração, já no Planeta Terra, nosso espaço que nos acolhe nessa encarnação que traz em seu bojo nossa Alma aliada ao nosso Espírito e tudo isso acontecendo através nosso corpo físico.

Portanto, nosso mapa astral natal vem nos apresentar o entrecruzamento entre tempo e espaço delineados, tecidos como melhor momento e como melhor lugar para que nossa Alma e nosso Espírito possam se expressar através nosso Ego encarnado: é formada nossa Personalidade, nossa Persona, nossa Máscara e nosso corpo físico, nosso envoltório, digamos assim, no Planeta Terra.

E tudo isso é formalizado a partir do Ascendente - o lugar apontando para o leste dos céus e da terra no momento de nossa encarnação propriamente dita.  A partir do Ascendente, todo o Risco do Bordado vai sendo tecido, acolhendo nosso Sol e nossa Lua e nossos irmãos e demais parentes e pontos, formando nossa fotografia do céu em relação à latitude e à longitude na Terra, onde estamos nascendo!

O Bailado entre a Terra/Homem e a Lua
e destes em relação ao Sol
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A Terra é um organismo vivo e parte do organismo coletivo de vidas de nosso Sistema Solar.  E, conseqüentemente, toda a natureza de elementos físicos e químicos, dos reinos mineral, vegetal, animal e humano, tudo isso, faz parte do organismo vivo que é nosso Planeta, nossa Mãe-Gaia.

Portanto, podemos dizer que toda a natureza da Terra é igual à própria Terra em si.  Podemos dizer que toda a natureza pode ser sintetizada dentro da palavra Homem. Podemos, portanto, inferir que Terra = Homem.

Sendo assim, ao nos posicionarmos por sobre o Planeta Terra, estamos ao mesmo tempo, nos posicionando entre o Bailado do Sublime Yang e do Sublime Yin, do Sol e da Lua - ambos em relação a nós, como um todo, toda a natureza que povoa o Planeta Terra e o próprio planeta em si.

E por isso mesmo, o homem estará fazendo parte constante do Bailado do Sol e da Lua nos céus.  E certamente, estará fazendo parte constante do Bailado da Lua e da Terra.  E o Bailado realizado entre a Lua e a Terra - acolhendo o homem, sempre - estará também realizando o integração do Homem com a Terra e da Terra/Homem com a Lua e com o Sol).Bailado Lua/Terra e Sol, ao longo dos nossos movimentos de rotação e de translação e de precessão de equinócios, sem dúvida alguma!

Esse Bailado entre Terra/Homem, Lua e Sol pode ser compreendido como movimentos cíclicos entre todos esses organismos.  É a Repetição.  É o Eterno Retorno - dentro da escala de vida atuante entre Tempo e Espaço que vivemos.

Essa Repetição, esse movimento cíclico acontece inicialmente entre a Terra/Homem e a Lua.  Dentro do reino animal (seres animais e humanos), encontramos a relação primordial entre filho e mãe.  Sabemos que a escalada de evolução social dos seres humanos começou com a Era Matriarcal para depois adentrar a Era Patriarcal.  Portanto, essa Repetição, esse movimento cíclico acontece naturalmente também acarretando a órbita de Terra/Homem em torno ao Sol, sempre trazendo consigo sua órbita direta e mais próxima com a Lua!

Por tudo isso, podemos dizer que o binômio Terra/Homem é integrador das energias do Sublime Yin e do Sublime Yang, da Alma e do Espírito, do Espaço e do Tempo, e tudo sempre acontece a partir da movimentação entre essa Trilogia de energias de atuação de vida, em nosso Sistema Solar.

Ao longo da movimentação dessa Trilogia de Vida, digamos assim, vão se sucedendo futuro sendo engolido pelo presente e se tornando passado...  e portanto, podemos sugerir a visão de uma energia extremamente potente que, aparentemente, vá “engolindo”  o futuro e o vivenciando ao longo de sua trama e de seu urdimento de vida - o presente - e o vá expelindo... até que se transforme em passado:

Esse é o Dragão dos Céus, que engole o futuro em sua Cabeça e o expele em sua Cauda;

Esse é o Trem da Vida que engole o futuro em sua Locomotiva e o aloja - ou o expele - em seus Vagões;

Esse o Ciclo dos Nódulos Lunares, onde o Nódulo Norte engole o futuro e onde o Nódulo Sul expele o passado!



                       Os Fundamentos da Astrologia da Alma                      
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Janine Milward

Os Fundamentos da Astrologia da Alma acontecem exatamente através as questões expostas n Primeira Parte desse Trabalho: ao longo do fusionamento do Tempo e do Espaço em nosso Universo, vão acontecendo as vivências sucessivas (re-encarnações) das estrelas e de suas possibilidades de acolhimento de vida, assim como a conhecemos, em seus Planetas!  As estrelas vão cumprindo suas vidas - de começo, de vivência de seu ciclo produtivo, e de finalização - e muitas delas vão explodindo, expelindo seus gases e suas poeiras... que acabam se condensando e formando novas estrelas, novos planetas, novas vidas.

E aqui estamos nós, encarnados no Planeta Terra e fazendo parte integral desse Planeta, que por sua vez faz parte do Sistema Solar, que por sua vez faz parte da Via Láctea, nossa Galáxia, que por sua vez faz parte de seu grupo galáctico, que por sua vez faz parte de nosso universo, que por sua vez faz parte do Pluriverso, que por sua vez faz parte do Mundo da Manifestação, que por sua vez advém do Mundo da Não-Manifestação.

Nosso Universo é ainda uma criança (quase adolescente, como se tivesse cerca de doze, treze anos de idade!) e portanto ainda irá produzir muitas estrelas que produzirão muito combustível que irá fazer acontecer os planetas girando em torno delas e que por sua vez, irão poder acolher a vida.  Porém, um dia chegará quando não mais restar uma só estrela no universo...  toda a energia Yang será encolhida dentro da energia Yin - assim como uma semente realiza seu final de ciclo e sua gestação para seu novo ciclo...  Sementes e Ciclos pertencem ao Eterno Retorno.

Portanto, podemos inferir que a vida não termina jamais... em termos de Tempo e em sua constância; termina sim, em termos de Espaço e em sua duração.  Sementes e Ciclos pertencem ao Eterno Retorno.

Esse é o Dragão dos Céus, que engole o futuro em sua Cabeça e o expele em sua Cauda;

Esse é o Trem da Vida que engole o futuro em sua Locomotiva e o aloja (por um tempo) - ou o expele - em seus Vagões;

Esse o Ciclo dos Nódulos Lunares, onde o Nódulo Norte engole o futuro e onde o Nódulo Sul expele o passado!

Aquilo que realmente dá fundamentação à chamada Astrologia da Alma é a percepção e a compreensão e a assunção enquanto verdade de os ciclos da vida interagem todo o tempo e todo o espaço: não existem começo nem meio nem fim, existem, sim, fusões das questões de passado, presente e futuro.  Existe a percepção da efemeridade do momento e do espaço juntamente com a infinitude de todos os momentos e do tempo.  Existe a compreensão de que, aquilo que somos hoje, já fomos ontem e seremos amanhã (traduzidos em constância do Espírito e em duração da Alma).  Existe a compreensão de que o passado existe sim, mas é passado; que o presente existe sim, mas é somente presente e que, num instante após, já é passado; que o futuro existe sim, mas que se tornará presente e que, num instante após, já será passado. Existe a percepção do Eterno Retorno traduzido em Sementes e em Ciclos.
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Sementes e Ciclos pertencem ao Eterno Retorno. O Eterno Retorno pode acontecer a partir de um novo universo que se abre ou de um antigo universo que finda - enfim, o Eterno Retorno pode acontecer em longos, muito longos, quase aparentemente infindos e eternos tempos... - ou pode acontecer em tempos não tão longos... bem mais curtos!
O Ciclo mais curto que conhecemos - em termos astronômicos de movimentação - é o ciclo de rotação da Terra/Homem em torno de seu próprio eixo: aquilo que denominamos de um dia de 24 horas.  Outro Ciclo bastante curto e muito próximo a nós, Terra/Homem, é a movimentação, a fusão de movimentação, entre a Terra e a Lua.  E certamente, essa fusão de movimentação Terra/Lua sempre acontece juntamente com a movimentação da Terra/Homem e a Lua em torno ao Sol, sua estrela protetora mais próxima!
Portanto, aqui encontramos novamente a Trilogia da Vida sendo estruturada: Terra/Homem integrando a fusão entre o Sublime Yin, Lua, Alma, Espaço, com o Sublime Yang, Sol, Espírito, Tempo.
Nesse trabalho, estaremos estudando fundamentalmente a relação primordial entre Terra/Homem e a Lua, formando aquilo que denominamos de Nódulos Lunares, pontos de cruzamento entre a eclíptica (que é o aparente andamento da Terra em seu movimento de translação ao Sol) e a órbita da Lua (em torno da Terra).  E porque essa Trilogia atua juntamente com as órbitas de nossos irmãos-Planetas e Planetóides e primos Asteróides em relação aos seus andamentos próprios contra o pano de fundo das constelações do Zodíaco..., estaremos também incluindo toda essa informação!
Quando a Lua se dirige para o norte da eclíptica, passa pelo Nodo Ascendente, ou Nódulo Norte; quando a Lua se dirige para o sul da eclíptica, passa pelo Nodo Descendente, ou Nódulo Sul.  A linha que une os dois Nodos é chamada de Linha dos Nodos ou Dragão dos Céus ou Trem da Vida (denominação minha). 

Sendo assim, ao longo de seu ciclo - que veremos dura cerca de 18 anos e alguns dias -, os Nódulos, o Dragão, o Trem da Vida, vão visitando o conjunto de signos opostos e complementares do Zodíaco, ou seja, o Nódulo Norte, a Cabeça do Dragão, a Locomotiva, estará apontando para um determinado signo  e o Nódulo Sul, a Cauda do Dragão, os Vagões, estão apontando para o signo oposto e complementar.

Dentro de nosso mapa astral natal, de nosso Risco do Bordado, os Nódulos vão sendo considerados - dentro da Astrologia da Alma - como os pontos que anunciam de onde viemos e para onde vamos, quais são nossas bagagens que trazemos para essa vida e o que estaremos usando e o que estaremos remodelando e o que não mais precisaremos e também nossos desafios para novos aprendizados, ainda apontando para serem vivenciados nessa vida ou para serem vivenciados em vidas futuras.

No entanto, ao longo de nossa encarnação, observaremos que esses dois pontos - Nódulos Norte e Sul, Cabeça e Cauda do Dragão, Vagões e Locomotiva - vão se movimentando em andamento de marcha-ré, ou seja, vão andando para trás ao longo dos signos (assim como acontece dentro do movimento de precessão dos equinócios).  Por exemplo: alguém nasceu com os Nódulos vindo de Virgem e indo em direção aos Peixes, em Casas Quatro e Dez.  A partir do momento do nascimento, a movimentação dos Nódulos se dará no sentido de saírem dos Peixes e adentrarem Aquário, depois Capricórnio, depois Sagitário... bem como de saírem de Virgem e adentrarem Leão, depois Câncer, depois Gêmeos... até que, finalmente, em um ciclo de dezoito anos, novamente retorna aos seus lugares originais! 

E sempre que os Nódulos Norte e Sul, o Dragão e sua Cabeça e sua Cauda, o Trem da Vida e sua Locomotiva e seus Vagões, retornam aos seus lugares originais..., todo o mapa astral natal, o Risco do Bordado, tem a oportunidade de retomar sua essência também original - embora a cada ciclo vencido a pessoa já tenha, assim esperamos, ampliado sua consciência, já tenha amadurecido em suas vivências de vida, já possua um maior aprofundamento sobre si mesma e suas missões a serem cumpridas em sua encarnação no Planeta Terra.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
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CAPÍTULOS 09, 10 E 11
Interações entre
Terra/Homem e Lua e Sol

Este Texto é extraído do Capítulo 10. 
Você pode copiar ou encaminhar, desde que sempre na íntegra
bem como apresentando sua autoria e seus créditos. 
Obrigada, Janine