Os Nodos Lunares, na Astronomia



SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber sobre Astrologia
Em 22 Capítulos/Volumes
Todos os direitos reservados - Janine Milward
http://seulivrodevida.blogspot.com
CAPÍTULOS 09, 10 E 11
Interações entre
Terra/Homem e Lua e Sol


Este Texto é extraído do Capítulo 10. 
Você pode copiar ou encaminhar, desde que sempre na íntegra
bem como apresentando sua autoria e seus créditos. 
Obrigada, Janine


OS NODOS LUNARES

Na Astronomia

Janine Milward

Existem algumas teorias para explicar a presença da Lua girando em torno da Terra, como seu satélite natural.  No entanto, uma das teorias mais aceitas é a de que, durante a formação de nosso Planeta, o Sistema Solar ainda era bombardeado por uma imensa série de meteoros e meteoritos e cometas, por todos os lados.  É bem possível que um desses objetos tenha atingindo a Terra com tal força em seu impacto, que arrancou, literalmente, uma grande massa rochosa que acabou se afastando, vagarosamente, mas ao mesmo tempo, sempre sendo atraída pela força gravitacional de nossa Mãe-Gaia.

Se essa teoria for a correta, é interessante então percebermos que, embora denominemos a Lua de nossa mãe, ela é, na verdade, filha da Terra!

A Terra e a Lua acabam realizando uma série de movimentos e eventos entre si, sendo que o mais conhecido e visivelmente observado por nós a cada dia e a cada noite, são as Fases Lunares: Lua Nova, Lua Crescente, Lua Cheia e Lua Minguante. À medida que a Lua gira em torno da Terra, a aparência da Lua parece mudar. Isto ocorre porque diferentes quantidades da parte iluminada da Lua estão com a frente para nós. A aparência varia de uma Lua Cheia, quando a Terra está entre o  Sol e a Lua, até uma Lua Nova, quando a Lua está entre o Sol e a Terra.  Um tantinho mais à frente, estaremos estudando mais profundamente sobre os tempos de Lua Nova e de Lua Cheia e os possíveis eclipses do Sol e da Lua que podem acontecer, pelo menos quatro vezes ao ano!

Sabemos que a Terra não somente realiza a rotação completa de si mesmo, em seu eixo, em 24 horas, seu chamado movimento de rotação e que nosso Planeta descreve uma trajetória elíptica ao redor do Sol, seu chamado movimento de translação, em um período de 365 dias e seis horas e mais alguns poucos minutos e segundos.  Ao longo do ano, nós percebemos o aparente caminhar do Sol ao longo da eclíptica, visitando os signos do Zodíaco (que hoje em dia não são mais 12 e sim 14, com a inclusão de Ofiúco e de Cetus, a Baleia.  Porém, esse andar é apenas aparente e é, na verdade a projeção, na esfera celeste, da trajetória da Terra.   E podemos também observar que existe uma inclinação dessa mesma eclíptica em relação ao equador celeste (que é a projeção do equador terrestre) de 23o s e 30’. 

E, todas as noites, podemos observar a Lua passeando pelos céus, desde o leste até o oeste, não é verdade?  A verdade é que este aparente passear da Lua é um movimento aparente e em conseqüência ao movimento de rotação da Terra.  A Lua, a bem dizer, realiza seu movimento orbital ao redor da Terra em sentido contrário, isto é, de oeste para leste.   Sendo assim, podemos acompanhar a Lua desde seu tempo de recém-nova, surgindo no horizonte oeste e, ao longo do seu ciclo lunar, vai galgando as alturas dos céus estrelados, buscando o zênite (para formar a Lua Crescente) e depois, vai buscando o horizonte leste até formar a Lua Cheia, ao cair da noite, exatamente no momento em que o Sol se põe no horizonte oeste.  Finalmente, a Lua aparece à meia-noite surgindo no horizonte leste e vai murchando, a cada madrugada, até novamente se encontrar com o Sol e formarem juntos, a Lua Nova.  Porém, ao longo de todo esse tempo, também a Terra continuou a percorrer seu aparente caminho na eclíptica, em seu movimento de translação.  Assim, as posições relativas entre o Sol, a Terra e a Lua alteram-se constantemente. Como as fases da Lua estão relacionadas à essas posições relativas, elas irão se repetir em 29dias 12 horas e uns tantos minutos e segundos, quase 13 horas.  Esse é o chamado mês sinódico.

E certamente, tivemos a oportunidade de observar que o tempo necessário para que a Lua visite todas as constelações do Zodíaco com o pano de fundo das estrelas do céu, corresponde a 27 dias e sete horas e alguns tantos minutos e segundos, quase oito horas - e é chamado de mês sideral. 
É importante que possamos distinguir ambos esses períodos, ao tratarmos dos eclipses lunares e solares, em tempos de Lua Cheia e de Lua Nova.

Outra questão absolutamente fundamental que percebamos, é que a órbita lunar não é coplanar com a órbita terrestre. Os dois planos formam entre si, um ângulo variável, cujo valor médio é de 5º 9'. Nas épocas de ocorrência dos eclipses essa inclinação é máxima, atingindo o valor de 5º 18'.
Chegamos agora, ao momento verdadeiramente crucial de nosso trabalho: estamos diante dos pontos de cruzamento entre a eclíptica (que é o aparente andamento da Terra em seu movimento de translação ao Sol ) e a órbita da Lua (em torno da Terra). 

Os pontos de cruzamento entre a eclíptica e a órbita da Lua são denominados nodos: a Lua passa pelo nodo ascendente quando se dirige para o norte da eclíptica e, pelo nodo descendente quando se dirige para o sul da eclíptica. A linha que une os dois nodos é chamada de linha dos nodos. 

É importante que saibamos que a linha dos nodos é a linha de interseção entre o plano da órbita de um corpo celeste e um plano orbital de referência. Em relação ao plano orbital da Terra, a linha dos nodos é a linha de interseção entre o plano orbital de qualquer corpo celeste e o plano orbital da Terra - e nesse trabalho, o que nos interessa é essa interseção entre a Lua e a Terra, em seus planos orbitais. A linha dos nodos une o nodo ascendente ao nodo descendente.

Os Nodos Lunares estão sempre opostos um ao outro e movem-se em sentido inverso através do Zodíaco. O ciclo dos Nodos é de 18.6 anos e o seu movimento diário aproximado é de 3’ de arco.

O Nodo Norte ou o Nodo Ascendente é aquele em que a Lua cruza a eclíptica ao passar de Sul para Norte do percurso por ela definido. O Nodo Sul ou o Nodo Descendente é aquele em que a Lua cruza a eclíptica ao passar de Norte para Sul.



Em relação aos alfarrábios que apontam True Node e Mean Node, podemos entender que o True Node vai levar em conta as perturbações orbitais da Lua e nos traz informações de seu movimento tanto retrógrado quanto direto.  O Mean Node é calculado de acordo com a velocidade média, fazendo que o movimento seja constantemente retrógrado.

Para que ocorra um eclipse é necessário que a linha dos nodos esteja apontando para o Sol e que o Sol, a Terra e a Lua estejam alinhados, o que só acontece quando a Lua, em fase de nova ou de cheia, encontra-se nas proximidades da eclíptica.  Em função da necessidade desse alinhamento, não é todos os meses que veremos os eclipses podendo acontecer.

Ao longo de um ano, a Terra realiza seu movimento de translação em relação ao Sol, levando consigo, é claro, a Lua, como já vimos mais acima.  Duas vezes ao ano, encontraremos a linha dos nodos alinhada com o Sol e a Terra. Quando a Lua passar pelo nodo durante a temporada de eclipses, ocorre um eclipse. Essas temporadas ocorrem a cada 173 dias, em função  da órbita da Lua  que gradualmente gira sobre seu eixo (com um período de 18,6 anos de regressão dos nodos).

Se somarmos duas vezes esse período de 173 dias, encontraremos o Sol e o nodo ascendente ou descendente da Lua na mesma direção uma vez a cada 346,62 dias. Ao multiplicarmos esse número de dias ao período de 18.6 anos de regressão dos nodos, encontraremos 6585 dias.  Isso se chama Saros - o ciclo periódico de aproximadamente 18 anos do sistema Terra-Lua-Sol. A cada 6585 dias a Terra, a Lua e o Sol estão exatamente na mesma posição. Quando há um eclipse lunar,  haverá também um exatamente 6585 dias mais tarde.  Serão 223 meses sinódicos. Isto significa que a configuração Sol-Lua e os eclipses se repetem na mesma ordem depois deste período. Este ciclo já era conhecido pelos antigos Babilônios, e por razões históricas, é conhecido como Saros, que significa repetição, em grego.
...........................

Segundo Fred Espenak, em Eclipses and the Saros, -  em minha tradução literal:

“A periodicidade e a recorrência dos eclipses são governadas por um ciclo chamado Saros - um período de aproximadamente 6.585.3 dias (18 anos, 11 dias e 8 horas).  Os Caldeus o consideravam como um período quando os  eclipses lunares pareciam se repetir - como também esse ciclo pode ser aplicado, da mesma forma, para os eclipses solares.

O ciclo Saros surge da natural harmonia entre os três períodos orbitais da Lua;
- O mês Sinódico (de lua nova a lua nova) 29 dias 12 horas 44 minutos
- O mês Dracônico (de Nódulo a Nódulo) 27 dias 05 horas 06 minutos
- O mês Anomalístico (de Perigeu a Perigeu) 27 dias 13 horas 19 minutos

Um outro ciclo extremamente significante de eclipses é o Inex - um período de 358 meses sinódicos (29 anos menos 20 dias, ou aproximadamente 10.752 dias).  O Inex é interessante porque marca o tempo de intervalo entre a numeração consecutiva de séries Saros.”
......................

Sobre este último parágrafo, realmente achei interessantíssimo o fato de que existe ainda um outro ciclo - chamado Inex - que perfaz o tempo de 29 anos e marca o tempo de intervalo entre a numeração consecutiva de séries Saros.  Tão logo eu me deparei com o tempo de 29 anos, imediatamente me veio à mente o tempo de órbita de Saturno em torno ao Sol, formando um ciclo total: 29 anos!  E certamente, sempre que pensamos no ciclo de Saturno também pensamos no ciclo da Lua Progredida - este último ainda a ser estudado em Aula próxima - em seu ciclo de 27 anos!  Certamente aprenderemos mais e mais sobre as Séries Saros em nossa próxima Aula, ao comentarmos sobre as Luas e suas Fases e sobre os Eclipses Lunares e Solares, na astronomia e na astrologia.

De qualquer forma, fica aqui gravada minha observação acerca dessa inter-relação entre o Ciclo Inex e os Ciclos de Saturno e da Lua Progredida.

Créditos deste Trabalho: 

Alguns conceitos astronômicos foram retirados de alguns Sites da Internet, entre eles:
Nasa, Eclipses and the Saros - Fred Espenak
Uranometria Nova - Astronomia e Astrofísica n. 021 - juntamente com a ilustração.



SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber sobre Astrologia
Em 22 Capítulos/Volumes
Todos os direitos reservados - Janine Milward
http://seulivrodevida.blogspot.com
CAPÍTULOS 09, 10 E 11
Interações entre
Terra/Homem e Lua e Sol


Este Texto é extraído do Capítulo 10. 
Você pode copiar ou encaminhar, desde que sempre na íntegra
bem como apresentando sua autoria e seus créditos. 
Obrigada, Janine