Trem da Vida, O Risco do Bordado, Os Quatro Atos da Vida



Algumas Palavras Iniciais sobre o Trem da Vida
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Janine Milward

TREM DA VIDA: Revelação da bagagem que a Alma traz para essa vida de agora (Os Vagões) e sua intenção de renovação e de abertura de novos caminhos (A Locomotiva) , sempre estruturada naquilo que ela, a Alma, já tem consigo guardado (Passageiro do Tempo), a síntese de suas vivências anteriores que são importantes para o desenvolvimento de sua vida do aqui e agora e do futuro (Motorneiro).

Antes de mais nada, é preciso dizer que essa nominação é inteiramente minha - O Trem da Vida - para designar os conceitos comentados neste Trabalho.

O Trem da Vida é a memória da alma sobre si mesma, seus registros, suas lembranças, suas afinidades e não-afinidades. Quando a alma escolhe aquele determinado momento para a sua materialização nesse planeta - o mapa astral, seu Risco do Bordado - esse momento do código universal e divino revelado pelas estrelas e pelos planetas é, sem dúvida alguma, a história da alma condensada e concentrada naqueles arquétipos, revelando tudo o que a alma necessita para cumprir seus Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial -  e seu Dharma - sua maneira natural e essencial de ser - durante sua passagem nesta Estação, nesse seu momento do aqui-e-agora.

E não podemos nos esquecer que um arquétipo contém em si mesmo uma infinidade de possibilidades de formas de manifestação. É como um leque contendo todas as gradações de cores, do branco ao preto, passando por todas as possibilidades das cores que conhecemos em nosso mundo de terceira dimensão e também aquelas que podemos intuir no mundo das quarta ou da quinta dimensões. O arquétipo simplesmente existe a partir da possibilidade da mente compreendê-lo e a partir disso, vivenciá-lo. É por isso, então, que um enorme número de pessoas pode nascer sob um mesmíssimo mapa astral e cada alma/mente vai vivenciar seu mapa e sua vida de maneira diferente sem, no entanto, estar fugindo ao mesmo arquétipo....

O Trem da Vida traz o número de vagões de locomotivas que a alma necessita para cumprir sua evolução Kármica e Dharmica. E quando estamos em frente ao mapa astral composto pela alma fusionada à matéria, temos que entender que tudo o que realmente importa é o aqui-e-agora revelado por esse momento de nascimento. Tudo o que temos que trabalhar é com o instrumento do aqui-e-agora, porque primeiramente, os arquétipos revelados pelo código celeste cristalizado no mapa astral correspondem idealmente ao desejo da alma em sua materialização nesse planeta e nesse momento; e, em segundo lugar, sabemos que passado, presente e futuro estão sempre entrelaçados no aqui-e-agora.

Nosso mapa astral natal, nosso Risco do Bordado, expressa nosso hoje mas também certamente expressa nosso ontem e nosso amanhã.  Trocando em miúdos: expressa nossa encarnação atual, um bom conjunto de encarnações anteriores e o potencial das próximas encarnações!


Por tudo isso, eu afirmo que, a meu ver, é impossível olharmos nosso mapa astral natal, nosso Risco do Bordado, sem nos estruturarmos sobre o Trem da Vida, ou seja, sobre os Nódulos Lunares Sul e Norte, sobre a Cauda e a Cabeça do Dragão, sobre os Vagões e a Locomotiva de nosso Trem da Vida, respectivamente.

A pergunta que se faz sempre é: de onde viemos, quem somos e para onde vamos?  Esse é o Trem da Vida onde os Vagões nos respondem de onde viemos; o mapa astral em si, nosso Risco do Bordado nos responde quem somos; e a Locomotiva nos responde para onde vamos.  E certamente tanto o Passageiro do Tempo, aliado aos Vagões, quanto o Motorneiro, aliado à Locomotiva, estarão atuando dentro de todos esses contextos.

Nosso mapa astral natal, nosso Risco do Bordado, expressa nosso hoje mas também certamente expressa nosso ontem e nosso amanhã.  Trocando em miúdos: expressa nossa encarnação atual, um bom conjunto de encarnações anteriores e o potencial das próximas encarnações!

Será a forma com a qual atuaremos nossa vida - através de nosso Dharma e dos resgates de Karmas e Samskaras -, que nos possibilitará bem vivenciarmos nossa encarnação hoje, estruturados em nosso passado, porém orientados para nosso futuro!

Dentro do Trem da Vida não tem espaço para a imutabilidade plena.  Aliás, não existe imutabilidade plena - com exceção ao Tao da Criação!  A única lei fundamental da Criação em si é que tudo sempre está em transmutação, dentro do Eterno Retorno.

Sendo assim, o Trem da Vida vem todo o tempo nos lembrar dessa verdade fundamental sobre a vida: somos hoje a síntese daquilo que viemos sendo no passado e o potencial daquilo que poderemos vir-a-ser, no futuro.

Sobre o passado, não existe  retorno e por isso mesmo nada mais poderá vir a ser mudado.  Porém, hoje, aqui-e-agora, sempre poderemos transmutar as energias, em todos os sentidos, de forma que possamos ir tecendo nosso futuro, em trama e urdimento, nossos próximos mapas astrais natais, nossos futuros Riscos do Bordado.

Para tanto, é preciso não se ficar atado apenas ao passado ou a tudo aquilo que dentro dessa nossa vida de hoje nos parece pertencer e ter sido acumulado em nossas bagagens de vida atual: tudo isso são nossos Vagões do Trem da Vida.  A Locomotiva, que pressupõe nossa orientação do aqui-e-agora orientado para o futuro, nos faz ampliar nossa consciência, para que esta possa vir a ser cada vez mais iluminada e infinita.


Resumindo, podemos dizer que o Trem da Vida deve existir como um todo, ou seja, Vagões e Locomotiva, Passageiro do Tempo e Motorneiro interagindo harmoniosamente.... um trem pressupõe locomotiva e vagões; vagões sem locomotiva ficam parados e locomotiva sem vagões para nada serve. Ou seja, o bom momento é sempre aquele em que nosso corpo físico bem cumpre o desejo da alma, não é mesmo? E isso somente acontece a partir da Yoga ou fusionamento pleno de ambos.

Posso apenas dizer que, ao término de nossa vida, nosso último suspiro sempre será de prazer e contentamento se tivermos vivenciado nosso Trem da Vida por inteiro, como um todo.

Quando a alma vem fabricar seu mapa natal, ela é apenas um Eu Sou. Seu mapa natal é a tradução daquilo que será seu Eu Farei. Sua vida de tramitação consciente entre Vagões e Locomotiva, agindo o Passageiro do Tempo e o Motorneiro, determinará seu Eu Faço... E seu último suspiro, seu último pensamento, seu último olhar para trás e ver sua própria história diante de si como num cinema divino, será a expressão de seu Eu Fiz....

Numa vivência sucessiva posterior, numa encarnação posterior, tudo aquilo que no Trem da Vida que viemos vivenciando neste aqui-e-agora enquanto síntese dos Vagões e da Locomotiva, deverá se tornar os Vagões enquanto que a Locomotiva, em signo e em Casa Astrológica opostos e complementares, estará anunciando os desafios a serem enfrentados em vida vindoura.

Assim é o Trem da Vida.

Srii Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra, sempre nos diz:

A meta da vida humana é se fusionar a Paramapurusa (ao Tao da Criação, a Deus)



O Risco do Bordado
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Janine Milward

O mapa astral traz em si mesmo o ontem, o hoje e o amanhã da alma de acordo com seu desejo de evolução e com suas propostas de Missão de Encarnação e de Trabalho e de Missão de Espiritualidade e Iluminação a serem exercidas nesta vida. É sempre a Alma quem elabora seu próprio mapa, junto ao Tao da Criação; o conselheiro astrológico e espiritual apenas o interpreta e o transmite ao Caminhante..., dentro de suas possibilidades de trabalho, de sua visão sobre os arquétipos, de seu background cultural, psicológico, espiritual.

O que é extremamente importante que o Caminhante perceba, é que o Risco do Bordado é uma escolha realizada por sua Alma. E é um risco de bordado, sim, que irá sendo bordado realmente ao longo da encarnação com diferentes linhas, com diferentes agulhas, com diferentes pontos e tensões..... sempre dependendo de como o Caminhante vai realizando seu caminhar em seu caminho, ou seja, através da forma com que o Caminhante vai ampliando sua mente, iluminando sua consciência, aumentando e aprofundando cada vez mais seu auto-conhecimento, trazendo sempre à sua consciência tudo aquilo que sua Alma realmente deseja construir nesta encarnação do aqui-e-agora, fundamentalmente.

A meta da vida humana é alcançar a Suprema Consciência através dos Caminhos da Iluminação e da Liberação. Conhecendo cada vez mais a nós mesmos, certamente atingiremos nossa meta. Ao elaborar seu momento de nascimento neste Planeta - seu mapa astral natal -, a Alma está consciente de sua meta bem como consciente e desejosa de usar seu livre-arbítrio para ser bem-sucedida nesta encarnação – superando assim, seus Karmas e Samskaras negativos (ações e reações em potencial).

A Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento é como um processo arqueológico e profundo através do qual poderemos re-conhecer nossas metas de Missão de Encarnação e de Espiritualidade e nossa capacidade de viver a vida de forma mais plena, mais consciente, mais harmoniosa, de acordo com nossa verdadeira essência – nosso Dharma.


O Grande Teatro da Vida

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Janine Milward

O mapa  astral, o Risco do Bordado, vai representar nosso Grande Teatro de Vida. 

Certamente, somos sempre nós os autores e diretores de nossa peça, em todos seus Atos de Vida.  Os Luminares, Sol e Lua, e Planetas e demais Pontos são os Atores e Atrizes – principais e coadjuvantes – que nos traduzem suas próprias falas, seus arquétipos, e realizam o grande baile de interação cósmica.

A Trama do Grande Teatro da Vida é apresentada através seus Doze Símbolos Primordiais – Os Doze Signos do Zodíaco. Trama, Atores e Atrizes são inseridos dentro dos Doze Cenários – As Casas Astrológicas - existentes dentro dessa peça do grande Teatro de nossa Vida.

Somos sempre nós os autores e diretores e produtores e demais trabalhadores de nossa peça, em todos seus Atos de Vida - junto ao Tao da Criação, certamente.

Sobre Os Quatro Atos da Vida
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Janine Milward

Sobre os Atos de Vida, eu penso que o Primeiro Ato é a infância e é a adolescência - e estes momentos devem ser vivenciados enquanto Prólogo da vida a ser desenrolada através os Atos seguintes. 

Ao final dos seus anos vinte, o Caminhante, literalmente e mais conscientemente, adentra seu Segundo Ato de Vida - com uma maior maturidade e ainda pleno de seu vigor físico de força voltada para sua atuação no Trabalho. 

Esta maturidade, no entanto, começa a ser mais bem conscientizada em termos de reais missões de vida a serem cumpridas, no momento em que o Caminhante começa a estruturar seu Terceiro Ato (mesmo que ainda distante, no tempo), a partir do miolo de seus anos trinta - preparando-se para vivenciar seu Tempo de Revirão de Vida que acontece ao início de seus anos quarenta. 

Ao comemorar seus cinqüenta anos de idade, o Caminhante está diante de seu Tempo de Proficiência de Vida e  assim, encontrando-se diante da tecetura real de seus caminhos para sua realização de seu Tempo de Renascimento da Vida, a partir de sua entrada em seu Terceiro Ato de Vida, ao final dos anos cinqüenta e  ao início dos anos sessenta - tudo podendo ser bem ratificado e conscientizado já ao longo dos anos setenta... 

A partir de então, o Caminhante estará tecendo seu caminho para adentrar seu Quarto Ato de Vida, já em seus anos oitenta –  e este Ato já deverá funcionar enquanto Epílogo que traduz a síntese, o resumo, de tudo aquilo que foi vivenciado ao longo da vida bem como do posicionamento da mente em sua ampliação alcançada nesta atual encarnação, de forma que o Caminhante possa já ir bem desenhando os traços primordiais de suas próximas vivências sucessivas, de encarnações futuras.
Quem viver, verá.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward
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